Briga entre mulheres termina com atropelamento e tentativa de homicídio em Bataguassu
Elenize OliveiraRedação Cenário MS

O desentendimento entre duas mulheres em um pesqueiro de Bataguassu na madrugada deste domingo culminou com um atropelamento e uma mulher socorrida ao Pronto Socorro repleta de hematomas. O caso terminou na Delegacia de Polícia Civil do município como tentativa de homicídio.
Segundo relatos de outras pessoas presentes na confraternização, duas mulheres identificadas como Vitória e Carolina teriam entrado em vias de fato. Após a mútua agressão, Vitória teria se retirada do local.
Uma terceira mulher, identificada como Bruna, acompanhava Vitória e teria saindo em defesa da amiga, iniciado uma segunda briga que culminou com o atropelamento de uma das envolvidas.
Vídeos da briga entre as mulheres foram amplamente divulgados nas redes sociais nesta segunda-feira e é possível ver que dois homens impedem que outras pessoas parem as agressões entre as mulheres que brigam com tapas e puxões de cabelos caídas no chão, na Estrada do Sapé, próxima ao condomínio Portal do Eldorado. No vídeo, é possível ver que os homens dão ordens para que as pessoas "deixem as duas resolverem sozinhas".
Carolina
Segundo o boletim de ocorrência, Carolina, de 20 anos, deu entrada no Pronto Socorro Municipal queixando-se de dores e com inúmeras escoriações por volta das 6h40m da manhã deste domingo. A equipe médica que atendeu Carolina solicitou a presença da Polícia Militar a fim de apurar a situação.
Aos militares, Carolina admitiu que entrou em vias de fato com Vitória e posteriormente, também em vias de fato com Bruna. Carolina afirmou ainda que após as brigas, se retirou do local em companhia do marido e no trajeto entre o pesqueiro e a cidade, parou para conversar com um amigo, momento em que foi surpreendida pelo veículo Toyota Hilux conduzido por Bruna. Carolina contou que foi atropelada por Bruna de maneira proposital.
Segundo a vítima, após o atropelamento Bruna voltou a agredi-la. Carolina detalhou que após ser arremessada ao chão pela Hilux, Bruna deixou a direção do veículo e passou a agredi-la com tapas e socos. Neste momento, Carolina teria sido socorrida pelo marido e o amigo.
Para a Polícia Militar, os homens confirmaram a versão de Carolina e disseram que foram perseguidos por Bruna durante todo o trajeto até o Hospital. Que chegando ao Pronto Socorro, Bruna teria afirmado estar certificando-se da condição clínica em que deixou a vítima. Segundo os homens, Bruna afirmou; "Deixa eu ver a desgraçada. Não morreu ainda? Da próxima ela morre!"
Carolina apresentou aos agentes um aparelho celular danificado, que segundo ela, foi destruído no momento do atropelamento. A Polícia Militar realizou diligências a fim de encontrar a acusada e o veículo, mas ambos não foram localizados.
O exame de corpo de delito de Carolina não foi apresentado junto ao registro da ocorrência, pois segundo os médicos, o laudo dos exames clínicos da vítima necessitava do parecer de um especialista.
Bruna
Mais tarde, Bruna, de 27 anos, se apresentou à Delegacia de Polícia Civil de Bataguassu e prestou depoimento. Ela afirmou que não conhece a outra mulher envolvida nas agressões e contou que presenciou a primeira agressão (entre Carolina e Vitória). Bruna disse que Carolina foi levada embora por alguns amigos, mas que retornou momentos depois e, por motivos que ela desconhece, passou a ofendê-la e agredi-la.
Sobre o atropelamento, Bruna contou que tentou ir embora após ter sido agredida por Carolina. Ela afirma que a sua frente seguia outro veículo onde Carolina estava e, que, em algum momento o veículo parou, Carolina desceu e correu em direção ao seu carro.
Bruna afirma que tentou desviar, mas sem sucesso, acabou por atingir Carolina. Segundo ela, os homens que seguiam com a moça, a puseram de volta no veículo e seguiram para o Pronto Socorro. Bruna disse aos policiais que acompanhou o veículo até o hospital para certificar-se que a vítima recebia atendimento médico devido.
Bruna contou que após todo o ocorrido, foi para a casa de parentes descansar e depois procurou a Delegacia de Polícia Civil para registrar os fatos. Por fim, ela afirma não conhecer Carolina e diz desconhecer o que motivou as agressões.
O caso foi registrado como homicídio simples na forma tentada e a Polícia Civil vai investigar o caso que deve seguir para o judiciário.
