A Polícia Federal desarticulou uma organização criminosa especializada no transporte de cocaína em cascos de navios em Porto de Santos (SP). As investigações tiveram início após a prisão de um homem e a apreensão de um adolescente em Bataguassu, ainda neste ano.
Segundo informações, o grupo, composto por traficantes ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital), realizava o transporte de droga em contêiner subaquáticos, utilizando tecnologias avançadas para monitorar o trajeto da mercadoria.
A Operação Taeguk, deflagrada na quinta-feira (07), resultou em várias prisões e apreensões em diversas cidades do Brasil, incluindo São Paulo, Guarujá, Rio de Janeiro, e Belém, no Pará.
De acordo com relatos, em uma das ações, um navio transatlântico foi interceptado na Coreia do Sul, carregado com 100 kg de cocaína, após partir do Porto de Santos.
A droga foi armazenada em bolsas à prova d’água, que continham AirTags, dispositivos usados para rastrear a localização da carga, o que levou os investigadores a identificar os criminosos envolvidos.
De acordo com o juiz Roberto Lemos dos Santos Filho, responsável pela decisão que autorizou as investigações, os criminosos usaram diversas embarcações para ocultar as drogas, com mais de uma tonelada de cocaína e maconha sendo transportada por meio de navios.
O juiz informou também que, além disso, as investigações ligaram o grupo a apreensões anteriores em locais como Shangai (China), e Las Palmas (Espanha).
O plano de envio de drogas para o exterior envolvia, também, lanchas e entrepostos em diversas localidades, como Iguape e Ilha Comprida (SP), além de bases em Barcarena (PA) e Fortaleza (CE).
A operação ainda revelou detalhes da logística da quadrilha, que, além do tráfico internacional de drogas, possuía um alto grau de organização, com ramos de atuação em estados como Paraná e Mato Grosso do Sul.
Durante a operação, foram cumpridos 10 mandados de prisão e 39 de busca e apreensão, e a Polícia Federal continua investigando a participação de outros membros da organização criminosa.
O caso segue em andamento na Delegacia de Polícia Federal, com investigações em curso para desvendar as rotas utilizadas pelo tráfico internacional de drogas, o que pode resultar em novas apreensões nos próximos meses.