Este ano, as eleições municipais de Bataguassu serão decididas entre três candidatos, um cenário que não acontecia na cidade desde 2000. A disputa pelo cargo de prefeito envolve Wanderleia Caravina (PSDB), Baiano da Madeireira (PT) e Rui Barbosa (DC).
Em 2000, Bataguassu presenciou eleições entre três candidatos. Ailton Cuiabano, então favorito, venceu com 3.743 votos, superando Jô, que obteve 2.420 votos, e Edson do PT, que conquistou 1.951 votos. Curiosamente, a soma dos votos dos adversários de Ailton totalizou 4.371 votos, 628 a mais que o número obtido pelo vencedor, demonstrando como a divisão do eleitorado pode ser decisiva em cenários com três candidatos.
Neste ano, a candidata Wanderleia Caravina, do PSDB, desponta como a favorita, repetindo o cenário de 2000, quando Ailton Cuiabano também era considerado o mais forte. Wanderleia é esposa de Pedro Arlei Caravina, ex-prefeito da cidade e uma figura política influente na região, o que potencializa sua candidatura. Já Ailton Cuiabano na época também contava com o apoio das principais figuras politicas do Estado.
No entanto, o contexto de uma disputa entre três candidatos traz complexidades. Segundo Edson Bitencourt, o Edinho, ex-vereador, que vivenciou de perto as últimas eleições de 2000 em Bataguassu, a dinâmica de uma eleição com três candidatos é diferente.
"Cidade pequena é difícil ter eleição com três candidatos. Um acaba sobrando. O candidato com histórico de trabalho e reconhecimento na cidade tende a se destacar, mas a rejeição que ele naturalmente enfrenta pode ser dividida entre os outros concorrentes. No entanto, quando há três na disputa, essa rejeição é pulverizada, o que aumenta o risco de nenhum conseguir a vitória de forma expressiva", analisa Edinho.
Desde a eleição de 2000, todas as disputas para o cargo de prefeito em Bataguassu foram decididas entre dois candidatos, tornando a atual eleição um evento singular na história política recente da cidade.