Entre os dias 26 e 30 de agosto, a Polícia Civil do Mato Grosso do Sul participará de uma mobilização nacional voltada para a identificação de pessoas desaparecidas.
Durante o evento, será realizada a coleta de DNA de familiares, com o objetivo de facilitar o reconhecimento e localização dessas pessoas.
Durante o período da campanha, a Coordenadoria-Geral de Perícia realizará a coleta de material genético em 15 sedes regionais, localizadas nas cidades de Campo Grande, Amambai, Aquidauana, Bataguassu, Corumbá, Costa Rica, Coxim, Dourados, Fátima do Sul, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas. Após o término da campanha, as coletas continuarão sendo feitas no Instituto de Análises Laboratoriais Forense (IALF) a qualquer momento.
A coleta será realizada preferencialmente em parentes de primeiro grau da pessoa desaparecida. Recomenda-se, se possível, que ao menos dois familiares participem do processo. A ordem de preferência para a coleta é: genitores da pessoa desaparecida (pai e/ou mãe biológicos); filhos biológicos da pessoa desaparecida, juntamente com o outro genitor desses filhos; e irmãos biológicos da pessoa desaparecida (que compartilhem o mesmo pai e mãe).
No momento da coleta, o participante precisará assinar um Termo de Consentimento para autorizar a doação do material genético. É essencial levar um documento de identificação e fornecer as informações do Boletim de Ocorrência do desaparecimento, incluindo número, estado de registro e delegacia responsável. Se disponível, a apresentação de uma cópia do Boletim de Ocorrência também é recomendada.
Os familiares também têm a opção de levar objetos que possam conter material genético da pessoa desaparecida, como itens pessoais de uso exclusivo. Exemplos incluem amostras de cordão umbilical, dentes guardados ou escovas de dente.
A coleta de amostras pode ser realizada de duas formas: com um suave (cotonete) para retirar células da mucosa oral, passando-o pelo interior da bochecha, ou a partir de uma gota de sangue retirada do dedo da mão. Não é necessário estar em jejum para a coleta.
Após a coleta, as amostras são enviadas para um laboratório de genética do órgão de perícia oficial, onde o DNA é extraído e registrado no banco de DNA local e no Banco Nacional de Perfis Genéticos. Esses bancos, administrados por peritos oficiais, contêm perfis de DNA de pessoas desconhecidas, vivas ou mortas, e de familiares de pessoas desaparecidas.
Os perfis de DNA coletados são continuamente comparados com os registrados nos bancos para identificar possíveis correspondências. Quando um vínculo genético é encontrado e confirmado, um laudo é preparado pelos peritos, que notificam o Delegado de Polícia responsável pela investigação e a instituição que forneceu o material genético (como hospitais, abrigos ou IMLs). A família é então informada da identificação pelo órgão competente.