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Filho é preso por assassinar a mãe com 5 golpes de faca em MS

Michelly Midon foi encontrada morta na noite de quinta-feira (3), por volta das 19h40, nos fundos de sua residência

04/07/2025 às 11h12 Atualizada em 07/07/2025 às 14h44
Por: Diego Oliveira Fonte: Redação Cenário MS
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Alfredo chegando na delegacia de polícia de Dourados. (Foto: Leandro Holsbach)
Alfredo chegando na delegacia de polícia de Dourados. (Foto: Leandro Holsbach)

Uma tragédia abalou a cidade de Glória de Dourados com o brutal assassinato de Michelly Rios Midon Oruê, de 47 anos. O principal suspeito do crime é seu próprio filho, Alfredo Henrique Oruê dos Santos, de 21 anos, preso na manhã desta sexta-feira (4) em Dourados, menos de 24 horas após o ocorrido.

Michelly foi encontrada morta na noite de quinta-feira (3), por volta das 19h40, nos fundos de sua residência na Rua Ivinhema, Centro de Glória de Dourados. Parentes e amigos, preocupados com a falta de contato de Michelly desde o meio-dia, foram até a casa e a encontraram sem vida, com múltiplas perfurações de faca. A perícia técnica confirmou pelo menos cinco facadas, sendo a fatal na jugular.

No momento do crime, Michelly estava sozinha com o filho, já que o marido estava viajando a trabalho. Após o assassinato, Alfredo fugiu no carro da família, um Renault Logan branco. O caso foi registrado como feminicídio, sendo o 18º deste ano em Mato Grosso do Sul.

Desde o início, Alfredo Henrique Oruê dos Santos foi apontado como o principal suspeito. Testemunhas relataram à polícia que o jovem é usuário de drogas e apresentava comportamento agressivo, especialmente quando sob efeito de entorpecentes. A irmã da vítima, Adriana Oruê, revelou que Michelly havia se mudado para Glória de Dourados justamente em busca de tratamento para Alfredo, que foi diagnosticado com esquizofrenia e fazia uso de drogas. Ele teria tentado contra a própria vida em Sidrolândia, onde moravam anteriormente, e não teria dado continuidade ao tratamento em Glória de Dourados.

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Prisão em Dourados e confissão

Alfredo Henrique foi localizado e preso na manhã desta sexta-feira (4) em Dourados, a cerca de 80 quilômetros de Glória de Dourados. Ele estava dormindo em uma residência no bairro Jóquei Clube, uma área conhecida por ser ponto de uso e tráfico de drogas.

Alfredo sendo retirado da viatura na delegacia de polícia de Dourados - Foto: Dourados News

O tenente Luiz Eduardo Buchmann Kettenhuber, do 3º Batalhão da Polícia Militar, detalhou a operação. Durante patrulhamento, a equipe avistou o Renault Logan branco utilizado na fuga estacionado em uma área suspeita. Um indivíduo saindo de um imóvel próximo levantou a suspeita de que o autor estaria no local. Os policiais entraram na residência e encontraram Alfredo dormindo em um dos quartos, realizando a prisão sem que ele esboçasse reação.

Ele foi localizado no bairro Jóquei Clube, em Dourados - Foto: Dourados News

Alfredo foi encaminhado à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) de Dourados. Durante a chegada à unidade, diante de jornalistas, ele confessou o assassinato. A Polícia Civil de Glória de Dourados foi acionada e já está em Dourados para dar continuidade às investigações. A motivação exata do crime ainda não foi oficialmente confirmada.

Alfredo na delegacia de polícia de Dourados. (Foto: Leandro Holsbach)

A vítima: Michelly Rios 

Michelly era natural de Corumbá e se mudou para Sidrolândia junto a outros familiares. Para cuidar melhor do filho, diagnosticado com esquizofrenia, buscou atendimento em Glória de Dourados. "Ela mudou por conta dele. Em Sidrolândia, ele tentou contra a própria vida e ficou internado 15 dias. Depois foram embora para tentar um tratamento", contou a irmã da vítima, a empresária Adriana Oruê.

Michelly, em foto publicada nas redes sociais. (Foto: Reprodução/Facebook)

Michelly era conhecida pelo jeito acolhedor e pela força com que enfrentava as dificuldades da vida. "Ela era uma irmã alegre, sempre fazia tudo por nós. Lutou muito pela família. Aqui em Sidrolândia era muito querida. Sempre disposta a ajudar todo mundo", relembra Adriana. O último contato entre as irmãs foi na terça-feira, dois dias antes da morte. "Falei com ela. Disse que estava tudo bem, que ia levar ele no médico. Não sei se voltou a usar droga...", desabafou Adriana.

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