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Bataguassu, MS
Em uma noite de grande significado para a cultura e a inclusão social, a cidade de Brasilândia foi palco, na última quarta-feira (18), do lançamento do livro "Quando Tudo se Encaixa". O evento, estrategicamente realizado para coincidir com o Dia Mundial do Orgulho Autista, uniu autores, familiares, autoridades municipais e a comunidade em um momento de celebração e reflexão sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O livro, coordenado pela psicóloga Fernanda Monteiro, é uma coletânea que compila 20 relatos verídicos e emocionantes sobre as vivências com o autismo. A publicação ganha destaque local por incluir oito autores do próprio município de Brasilândia: José Henrique, Lívia Caroline, Laura Vasquez, Lays Ferreira, Kézia Soares, Ana Iva Brum, Amanda Pasotti e Tainá Oliveira.
"Cada capítulo revela histórias reais de desafios e superações, mostrando a riqueza da neurodiversidade. Este livro é uma ferramenta de empatia e transformação social", explicou a coordenadora durante a cerimônia. A obra se propõe a ser um canal para que as vozes de pessoas autistas e suas famílias sejam ouvidas, promovendo um olhar mais humano e menos estereotipado sobre o espectro.
Com o auditório lotado, a noite foi marcada por palestras que abordaram temas cruciais, como os desafios e conquistas de pessoas com TEA, a importância fundamental da rede de apoio familiar e social, e os direitos e políticas públicas necessárias para garantir a cidadania plena da comunidade neurodiversa. Ao final, uma sessão de autógrafos permitiu ao público interagir diretamente com os autores, criando um ambiente de forte conexão e emoção.
A escolha da data para o lançamento carrega um simbolismo importante. O Dia Mundial do Orgulho Autista, celebrado anualmente em 18 de junho, é uma iniciativa criada pela própria comunidade autista. Diferente de outras datas focadas na "conscientização" sobre o transtorno, o dia do orgulho visa celebrar a neurodiversidade e as características únicas das pessoas autistas, reforçando a ideia de que o autismo não é uma doença a ser curada, mas uma diferença a ser compreendida e respeitada.
O evento contou com o apoio da Prefeitura de Brasilândia e da Câmara de Vereadores do município, que colaboraram na divulgação e estruturação da noite de lançamento.
A prefeita Márcia Amaral marcou presença e ressaltou o papel da administração pública no fomento de pautas inclusivas. "Apoiamos esta obra porque acreditamos no poder das vozes diversas. Brasilândia está mais forte quando acolhe todas as diferenças", declarou a prefeita.
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