Parece que o fim de semana foi de competição aberta para a modalidade "desafio à polícia" em cidades da região.
Em dois episódios distintos, mas com uma semelhança impressionante na falta de noção, dois homens decidiram que a melhor forma de aproveitar a noite era testando os limites da paciência da Polícia Militar.
O resultado, como era de se esperar, não foi um troféu, mas uma passagem só de ida para a delegacia.
Primeiro caso
O primeiro ato deste "festival de coragem" ocorreu na noite de sábado, dia 7, em Santa Rita do Pardo.
Em um bar chamado Bar do Nildo, um homem identificado como Samuel, de 45 anos, observou a passagem de uma viatura e, aparentemente movido por uma súbita inspiração, resolveu dizer aos policiais um repertório de ofensas.
Frases como "O que vocês querem passando aqui, seus filhos de uma (***um palavrão aqui***)?!" e "Vocês são uns (***outro palavrão aqui***)!" foram as escolhidas para quebrar a monotonia da noite.
Ao ser, compreensivelmente, abordado, Samuel ainda questionou os policiais com uma pitada de ironia;
Por que vocês pararam? Perderam alguma coisa aqui?
A performance terminou com uma tentativa de fuga e resistência à prisão, que lhe rendeu um par de algemas e uma viagem, com escala no Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro para um exame de corpo de delito — que não constatou lesões —, até a Delegacia de Polícia Civil de santa Rita do Pardo.
Segundo caso
Poucas horas depois, já na madrugada de domingo, dia 8, a competição ganhou um novo concorrente em Bataguassu.
Desta vez, o protagonista foi Vitor, de 21 anos, que estava com um grupo de amigos na Avenida Dias Barroso.
Ao avistar a equipe da Força Tática, ele não se conteve e lançou seu próprio desafio:
Oh, esses filhos (***palavras desnecessárias aqui***) passando se achando
Vitor, no entanto, decidiu elevar o nível da disputa. Além de desobedecer às ordens de abordagem, ele tentou incitar seus colegas a fazerem o mesmo.
A resistência ativa exigiu uma resposta mais enérgica dos policiais, que utilizaram um disparo de elastômero (bala de borracha) para acalmar os ânimos e efetuar a prisão.
Já na delegacia, com um hematoma na perna, Vitor ofereceu uma explicação desconcertante para seu comportamento: alegou simplesmente não saber o motivo de ter agido daquela forma.
O grupo, por sua vez, admitiu ter consumido maconha.
Assim terminou o fim de semana na região: com dois novos registros por desacato e resistência, e a prova de que, na competição de quem procura mais problemas com a lei, o prêmio é sempre o mesmo.
✅ Clique aqui para seguir o canal do Jornal Cenário MS no WhatsApp e saiba tudo que acontece na sua cidade
• Direitos Autorais Protegidos: A reprodução desta publicação, integral ou parcial, requer autorização prévia. A citação correta da autoria do texto e do crédito das imagens é obrigatória. O não cumprimento destas regras acarretará medidas legais cabíveis.