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Tio fere sobrinha de 12 anos com garrafada e ameaça vítimas por dois dias em Bataguassu

Filho do agressor também participou da confusão e teria ameaçado os parentes com uma arma

10/06/2025 às 09h10 Atualizada em 11/06/2025 às 11h15
Por: Elenize Oliveira Fonte: Redação Cenário MS
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A Polícia Militar foi acionada em ambas as ocasiões e o caso agora segue sob investigação da Polícia Civil - Foto: Elenize Oliveira/Cenário MS
A Polícia Militar foi acionada em ambas as ocasiões e o caso agora segue sob investigação da Polícia Civil - Foto: Elenize Oliveira/Cenário MS

Uma briga de família iniciada no domingo (8) em uma lanchonete no distrito de Nova Porto XV se estendeu até a tarde de segunda-feira (9), com novas ameaças feitas contra as vítimas.

O caso, que resultou em uma menina de 12 anos ferida e hospitalizada, agora também inclui registros de difamação e calúnia.

O conflito começou na noite de domingo, por volta das 20h.

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Conforme os registros do caso, a confusão começou quando José, 42 anos, iniciou uma discussão com sua própria esposa em uma lanchonete local.

Ele a teria agarrado pelo braço de forma violenta, o que motivou a irmã dela e seus sobrinhos a intervirem para defendê-la.

Durante a briga, José acertou sua sobrinha, uma menina de 12 anos, com uma garrafa.

O golpe causou um ferimento abaixo do olho esquerdo, que necessitou de sutura com pontos.

A situação escalou quando o filho do agressor, Kaique, 18 anos, ameaçou de morte o primo de 19 anos que defendia a mãe e a irmã, chegando a se afastar e retornar com um objeto semelhante a uma arma de fogo.

Kaique chegou a ameaçar a tia e os primos:

Vou buscar uma coisa para te matar

A perseguição não terminou no domingo.

Conforme um segundo boletim de ocorrência, na tarde de segunda-feira (9), por volta das 13h, José foi até a casa de sua cunhada e continuou a fazer ameaças contra ela e seus dois filhos.

A Polícia Militar foi acionada em ambas as ocasiões.

Na segunda-feira, as vítimas foram conduzidas à Delegacia de Polícia Civil de Bataguassu para formalizar as novas denúncias.

O suspeito, José, não foi localizado pela polícia.

A Polícia Civil investiga os fatos, agora registrados como lesão corporal dolosa, ameaça, calúnia e difamação.

Além da necessária apuração dos fatos e da responsabilização criminal, o episódio registrado em Bataguassu deixa uma marca profunda sobre a natureza da violência e suas consequências em cascata.

A agressão, que segundo os relatos teria se iniciado com um ato de violência do autor contra a própria esposa, rapidamente transbordou, atingindo de forma trágica quem estava ao redor.

Uma menina de apenas 12 anos teve o rosto ferido por uma garrafada, uma consequência física e visível de um conflito que não era seu.

Contudo, talvez o aspecto mais desolador deste episódio não seja o ferimento que precisou de pontos, mas o exemplo que se desenrolou em tempo real. Ao presenciar a atitude do pai, o filho de 18 anos não apenas interveio, mas replicou o comportamento agressivo.

Ele escalou a situação com uma ameaça de morte e a suposta posse de uma arma de fogo, demonstrando que a lição da violência pode ser rapidamente aprendida.

Este padrão sugere um ciclo que se perpetua, onde a agressão é ensinada como uma resposta possível.

O que se observa não é apenas um crime a ser investigado, mas uma tragédia familiar cujo legado mais sombrio pode ser a normalização e a repetição da violência na geração seguinte.

Essas são as feridas invisíveis que, ao contrário dos cortes, podem nunca cicatrizar por completo.

Violência Doméstica e Familiar: Onde Buscar Ajuda?

Episódios de violência, especialmente no ambiente doméstico e familiar, são complexos e exigem atenção. É fundamental que as vítimas e testemunhas saibam que não estão sozinhas e que existem canais de denúncia e apoio.

  • Denuncie: Em situações de emergência, ligue imediatamente para a Polícia Militar no número 190. Para registrar uma ocorrência, procure a Delegacia de Polícia Civil mais próxima.
  • Central de Atendimento à Mulher: O Ligue 180 é um serviço gratuito que oferece escuta, acolhimento e orientação para mulheres em situação de violência. A ligação é confidencial e funciona 24 horas por dia.
  • Procure Apoio: Busque auxílio na Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) ou no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) de sua cidade. Esses órgãos oferecem suporte psicológico, social e jurídico às vítimas.

Romper o ciclo da violência é um passo corajoso e necessário. Não hesite em procurar ajuda.

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