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Bracell entrega estudo para fábrica em Bataguassu com 12 mil empregos e cronograma de implantação de até 38 meses

Pelo projeto apresentado, fábrica deverá ser instalada a 9 km da zona urbana, às margens da rodovia BR-267

14/04/2025 às 10h22 Atualizada em 17/04/2025 às 10h05
Por: Diego Oliveira Fonte: Redação Cenário MS
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Fábrica de celulose da Bracell, localizada em Lençóis Paulista (Foto: Divulgação/ Bracell)
Fábrica de celulose da Bracell, localizada em Lençóis Paulista (Foto: Divulgação/ Bracell)

O município de Bataguassu está no centro das atenções de um dos maiores investimentos industriais previstos para o Mato Grosso do Sul. A Bracell, gigante multinacional do setor de celulose pertencente ao grupo Royal Golden Eagle (RGE), tornou público o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) referente à sua planejada megafábrica de celulose na cidade. O documento detalha um empreendimento monumental, com investimento total previsto de R$ 16 bilhões e um, cronograma de implantação de até 38 meses.

Este anúncio reforça a possibilidade, cada vez mais concreta, de Bataguassu sediar o projeto que inicialmente gerou grande expectativa em Água Clara. Embora uma decisão formal por parte da empresa ainda seja aguardada – com previsão de anúncio ao governo estadual em 6 de maio, segundo o secretário Jaime Verruck –, a publicação do EIA/RIMA específico para Bataguassu representa um passo significativo.

Área onde poderá ser construída a fábrica em Bataguassu

 

Detalhes do projeto em Bataguassu

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A futura planta industrial está projetada para ser construída em uma área estratégica: a aproximadamente 9 km da zona urbana, às margens da rodovia BR-267, e a 3,9 km do Rio Paraná. A área total diretamente afetada pelo empreendimento soma 1.318 hectares, sendo a maior parte composta por pastagens já degradadas, minimizando o impacto em vegetação nativa.

Arte que faz parte do processo de licença ambiental em Bataguassu aceito pelo Imasul - Foto: Reprodução

Um ponto crucial é a gestão hídrica: a captação de água será feita diretamente do Rio Paraná, sem a necessidade de construção de barragens. A Bracell assegura no estudo que 90% do volume captado será devolvido ao rio após tratamento adequado, seguindo rigorosos padrões ambientais.

Pequena parte listrada em vermelho mostra local onde a fábrica será instalada - Foto: Reprodução

Para alimentar a produção, a fábrica demandará cerca de 12 milhões de metros cúbicos de eucalipto por ano como matéria-prima. A capacidade produtiva é robusta e flexível, podendo operar em duas configurações:

  1. Foco em Celulose para Papel (Kraft): Produção anual de 2.920.000 toneladas (sem parada geral) ou 2.800.000 toneladas (com parada geral).
  2. Produção Mista (Papel e Solúvel): Uma linha produzindo 1.460.000 t/ano de celulose kraft e outra 1.147.143 t/ano de celulose solúvel (totalizando 2.607.143 t/ano sem parada geral); ou 1.400.000 t/ano de kraft e 1.100.000 t/ano de solúvel (totalizando 2.500.000 t/ano com parada geral).

Impacto Econômico e Social

O impacto na geração de empregos promete ser transformador para Bataguassu e região. Durante o pico da fase de construção e montagem, estima-se a necessidade de 12 mil trabalhadores. Após o início das operações, a fábrica deve manter cerca de 2 mil funcionários, entre diretos e indiretos.

Para acomodar a mão de obra vinda de fora durante a construção, a Bracell planeja a instalação de dois grandes alojamentos, cada um com capacidade para 5 mil pessoas, estruturados em módulos. A rede hoteleira e imóveis disponíveis no município também serão considerados como opção de moradia temporária.

Expectativa e Contexto

Embora o EIA/RIMA detalhado para Bataguassu seja um forte indicativo, o governo estadual e a própria empresa ainda tratam a escolha do local com cautela. A confirmação oficial, esperada para maio, definirá o futuro do investimento bilionário.

O deputado estadual Pedro Caravina (PSDB), ex-prefeito do município e marido da atual gestora Wanderleia Caravina, mostrou entusiasmo sobre a instalação da fábrica em Bataguassu está praticamente confirmada.

“Nós só estamos esperando essa decisão oficial, mas por tudo que estamos acompanhando, pelo estudo no Imasul, deve ser em Bataguassu mesmo”, declarou.

Enquanto isso, Água Clara, que inicialmente recebeu o anúncio, acompanha com apreensão e esperança, como expressado pela prefeita Gerolina da Silva Alves, que ainda aposta na logística do município.

Para Bataguassu, a perspectiva é de um ciclo de desenvolvimento sem precedentes, com a chegada de um dos maiores players globais de celulose, prometendo revolucionar a economia local e regional caso o investimento se concretize na cidade.

 

 

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