A prefeita de Bataguassu, Wanderleia Caravina, realizou, nesta terça-feira, uma visita técnica à obra do Parque Aquático Municipal, acompanhada pela equipe de engenharia. O objetivo foi avaliar o estado atual do projeto, que se encontrava paralisado, e planejar a retomada dos trabalhos. A vistoria também foi acompanhada pelo deputado estadual Pedro Caravina.
Durante a inspeção, a equipe de engenharia constatou que o processo licitatório realizado pela gestão do prefeito Akira Otsubo, no valor de 2.458.471,32 milhões, não contempla todos os itens necessários para a conclusão da obra.
Segundo apurado pelo Jornal Cenário MS, as partes vandalizadas durante o período em que o parque esteve abandonado não entrou no último processo licitatório. Devido a este fato, para finalizar o projeto, será indispensável elaborar um plano complementar, que permita a execução das etapas restantes e garanta a entrega completa do Parque Aquático.
A expectativa é que, com a adequação do projeto e o acompanhamento técnico, a obra seja concluída até o final de 2025, proporcionando um novo espaço de lazer para a população de Bataguassu.
"Estamos acompanhando de perto cada etapa, cada detalhe, para garantir que tudo seja executado com a máxima qualidade e dentro dos prazos estabelecidos. Afinal, a obra pública é um compromisso com o povo e podem ter certeza de que vamos cumpri-la com dedicação e transparência.", afirmou a prefeita Wanderleia
A OBRA
O Parque Aquático Guassu, idealizado na gestão do ex-prefeito Pedro Arlei Caravina, foi neglicenciado pela gestão do ex-prefeito Akira Otsubo que paralisou a obra por quase 3 anos. A obra, entregue à gestão Akira com quase 90% de conclusão e R$ 1,2 milhão em caixa para sua finalização, sofreu vandalismo e deterioração nesse período.
A polêmica paralisação:
Em abril de 2021, o prefeito Akira Otsubo decidiu paralisar a obra alegando supostas irregularidades. O Tribunal de Contas do Estado do Mato Grosso do Sul foi consultado e, após auditoria, não encontrou irregularidades, recomendando a retomada da obra em junho de 2021. No entanto, o prefeito ignorou a recomendação e a obra permaneceu paralisada.
Consequências da paralisação:
A paralisação indevida gerou uma série de consequências negativas, incluindo:
Investigação e retomada:
Em maio de 2023, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul instaurou um Inquérito Civil para apurar o descaso e abandono do Parque Aquático Guassu pela gestão do prefeito Akira Otsubo. A investigação visou apurar a responsabilidade pela má conservação do parque e o prejuízo causado aos cofres públicos.
Finalmente, em janeiro de 2024, sob pressão do Ministério Público, as obras foram retomadas. No entanto, a equipe de engenharia da atual gestão constatou que a licitação realizada pela gestão anterior não contemplou todos os itens necessários para a conclusão da obra, o que pode gerar ainda mais custos para o município.
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